Me chamavam de louca. Louca, maluca, insana, subversiva. Eram muitos adjetivos para uma menina assim, do meu tamanho. Ora, vá viver tua vida, cuide do que é seu. Me deixe aqui perdida nas cores, nas letras, nas imagens que guardo em mim. Que implicância mais chata, essa. Se quero ser criança tenho todo direito. Já cresci o suficiente para aprender o que posso, mas quando eu não me importo. Sente essa leveza, é ela que me guia. Essa falta de amanhã, estruturada pelas expectativas do novo bom. Pra que explicar, limitar, caracterizar. Não quero ser quem fui hoje todos os dia. Seria monótono demais. Mas ninguém entende quando digo que louco é quem se entrega à rotina, essa vida pacata de dias iguais e repetidos. O medo da diferença afasta o original. Sinto apenas, pelos que não aproveitam. E deixam passar a maior oportunidade que a vida traz, dar voz à sua loucura.
antes que seja tarde demais.
Concordo com absolutamente tudo o que você disse. "Não quero ser quem fui hoje todos os dia. Seria monótono demais. Mas ninguém entende quando digo que louco é quem se entrega à rotina, essa vida pacata de dias iguais e repetidos."
ResponderExcluirÉ bom mudar a cada novo dia, mas sempre mantenha a mesma essência =)