Era óbvio que isso não era a única lembrança. As flores, eu digo. Na verdade, eram incontáveis as coisas e imagens que traziam ela pra mim. Porém, as flores eram as mais intensas. Quando você consegue transformar visão em memória e concretizar lá dentro o sentimento forte que insiste em te dominar. Como explicar, talvez não saiba direito. Leve, sutil, delicada, suave. Cheia de aroma, aquele perfume exclusivo de pele que tem o poder de te perder nos segundos do tempo. Eu disse segundos.
Que romance bobo, quanto cliché. É, coisa de amor. Quem sabe, sabe bem. E o que eu não sabia, ela me ensinou aos poucos, com as pétalas claras, o toque intenso, e o abraço cheio de vontade. Não quero pensar em explicar, dizer porque ou como. Quero ela. Essa flor do campo que criou raízes fortes, e que eu não quero que vá embora. O que eu quero é a primavera.
Nenhum comentário:
Postar um comentário