Aparentemente o intacto era vulnerável. O líquido cortava a garganta rouca e os lábios rachados de frio aprendiam a pronunciar qualquer coisa que fosse de encontro com a novidade. A transparência era dominante, e dentro, tanta coisa escondida. É que o limite se encontrou branco, chegou a hora de ser a contradição. Parar de gritar, silenciar o tornado que passou e organizar tudo de novo. Mais um ano da vida inteira nivelado à emoções doloridas. Como um tumor, cresceu alimentado pela confusão e pela dúvida, o medo do ponto fraco.
Tudo ao mesmo tempo. Tudo tão rápido. As noites pareceram intermináveis por tantos dias, mas agora não. Busca o controle, que sempre foi o foco. Mas não os outros, deixa de ser assim, dominante por completo. O mundo corre contra ou com você, é uma questão de escolha. Então olha o espelho, mas olha direito. Vê o que ficou embassado. Sem mantras ou redenção, encara a realidade com seu olho da frente. Se abre, encontra a busca motivada por tudo que já foi. E muda. Muda com o mundo, porque quando a gente muda, o mundo muda com a gente.
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