Então eu fui, naquele automático enganado, cheio de vontade mas sem força pra dar mais um passo. Isso tudo cansa. Dá vontade de fugir, correr, deixar pra trás. Qualquer coisa que seja obrigatória, esquece.
Fazer da vida um filme com uma incrível trilha sonora. E só viver, pular as cenas desagradáveis, não deixar sentimentos pesados tomarem conta do roteiro, porque você busca um final feliz.
Ficar assim, nesse balanço, cheio de vai e vem, que gera um frio na barriga as vezes bom, as vezes pelo medo da altura. Sabe? Isso não é vida. Nem aqueles dramas chatos que a gente via no cinema são assim. Tudo tem um caminho, um trecho, uma fala. Uma direção, entende?
E eu que adoro um labirinto, me perdi em vários pelos anos. Agora chegou aquele dia que tem que ser você no espelho. Só com a sua imagem, e mais ninguém. Porque a estrada tá aí, olha pra frente. Você vê?
E não, não dá mais tempo de voltar.
Gosto de te ler porque sempre fica um punhado de confusão nas tuas linhas. Como os capítulos de um livro, me fazendo sempre voltar aqui pra virar a próxima página.
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