O guardanapo da mesa do bar se fez negro. Havia tempos que não dava vazão aos pensamentos, e de repente, sofria de pequenas epifanias, brancas e brandas, que dominavam e precisavam se expandir quase que imediatamente.
Algumas, ela conseguia guardar. Como quem guarda um segredo, ela remontava e visitava seus lapsos íntimos e momentâneos, como uma revisão de memórias. Até quando elas estariam por perto, não podia saber. Era cientificamente comprovado de que elas, as memórias, em algum (in)determinado tempo, desaparecem. E daí, cabe a você lembrar do que foi, ou do que na verdade você mesma inventou.
Aqueles segredos acompanhavam a menina: confusa, perdida, caótica, apaixonada - todas as características extremamente bem colocadas e positivadas.
Fatos diários que se desfazem em sonhos, lembranças do que ainda está por vir e segredos concretos - tão fortes que chegavam a doer, vezenquando.
Surpresas matinais, sorrisos banais, falamos de amor, ou do que mais?
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