domingo, 9 de maio de 2010
Do Lado de Dentro
Talvez não conseguisse expressar tudo que queria. Era uma nuvem turbulenta e não era fácil colocar aquilo a entendimento racional. Não esperava ser compreendida nem sequer admirada. Queria estar sempre perto, sempre disponível, e nisso possuía seu sucesso. Era mais complicado se expor apesar de sua transparência. Tanta auto crítica era consumida em pensamentos diários e nem assim conseguia descansar. Levava sempre consigo tudo que era dela, assim mesmo, sem disfarce. O personagem que escolhia quando levantava da cama era o que iria com ela até o fim. Até o fim do dia, provavelmente. Sua inconstância era tão perceptível, assim como seu sorriso, seu mistério, sua lágrima. Olha lá dentro, olha no fundo. Pode se perder, sem ter por que, sem ter razão. E assim, segue adiante. Como não entende de ser valente, as vezes fica por um fio no mundo hostil. O jeito sem defeito era pura pretensão. Olha ali o sorriso, se exibe pra solidão com toda sua indecisão. Mas não solta, não vai embora. Briga, grita, tudo assim, no exagero. Mas aos poucos, aprende a controlar todo aquele domínio que por vezes tirou da estrada todo o resto. Todo aquele mar sem fim. Mas no final, assim calado, podia ser coroado o rei. Daquele mundo paralelo, daquela loucura a flor da pele, daquela complexidade latente, daquela calma que vinha com o tempo. Não tem mistério não, é só o coração. Espera, que eu não terminei.
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muito bonita apesar deu não ter entendido mto não.
ResponderExcluirA
Que ar de hermanos seu texto tem! hihi
ResponderExcluirMuito legal!
E eu sempre acho um pouco de mim em cada palavra sua. Ou, em vezes como essa, acho, assim, um tudo de mim.
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