Embora foi outro dia. Se despediu faz tempo, se concretiza no inconsciente. Através do vidro embassado da janela o azul noturno muda de cor e aos poucos se quebra. Mais uma madrugada em claro, com os olhos bem abertos, os pensamentos correndo, os sentimentos pedindo e o sangue pulsando. Enquanto cresço pela vida consigo escutar o vento. As ondas do mar batem forte e a areia é serena, fria. Desejava seu despertar em meio ao oceano, livre de tudo, perdida no nada.
Sabia que o dia tinha hora marcada, mas o relógio não tinha virado a meia noite, ela sim. Hoje, ainda era ontem, podia reviver quanto quisesse. E apesar de não ser o dia seguinte, a manhã desse dia inventado era colorida, diferente das outras. Tinha verde, azul, amarelo e laranja.
Dentro dessa aquarela não faltava sentido. Fingia.
Voltar no tempo que nem super homem é tarefa árdua para os vampiros, que insistem em não dormir. Mas eu quero ver mesmo é como se faz para repetir o passado no futuro sem ninguém se importar de lembrá-lo, e sim de recriá-lo.
ResponderExcluirQuando isso acontecer, o dia nascerá novo, e os ponteiros seguirão seu fluxo. Nesse dia, os vampiros terão o presente, futuro e passado em suas mãos.