terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

The Old New Start

É sempre assim. Quando eu fico perdida em mim mesma, esquecida nas horas da madrugada condicionada eu resolvo colocar em tinta as coisas da vida. As últimas horas foram diferentes. Elas cresceram, aceleraram, mudaram. Antes era dito só a parte do sofrimento, era a dor do amor, as lágrimas pesadas, o arrependimento gasto e não efetuado. Aquilo tudo expirou. Chega de decifrar códigos pessoais e intransferíveis buscando a salvação do órgão podre que não serve para mais nada. Aquela maldição terminou com uma magia criativa extrapolando deliberadamente os sonhos e as primórdias vontades. Fui triturada por tanto tempo, de dentro pra fora, e agora não era mais o depois. A vida escorre, e eu vou com ela. Me deixo levar por brisas desconhecidas. Elas tem gosto de prazer e alegria, misturadas com tabaco e fantasia. Havia chegado o ponto de novidade que tinha se perdido por tantas horas de amor. A vontade era só de gritar, uma coisa boa, grande, extravasar. A proteção era a minha pele, e nela eu ia sentir o que precisasse pra continuar me sentindo viva, a cada segundo, a cada beijo, a cada sorriso. Agora não era mais preocupação. Você só quer se divertir, você quer sentir, você quer o extremo sem ter de pensar no amanhã. Então vai, mergulha de cabeça, esquece tudo que não importa mais e mantém o foco. O foco do desejo, do abençoado. Cada dia mais é mais um. Mas não só mais um por ser outro igual, mais um de ser um diferente, melhor, maior. Eu prometo que cresce, que fica, e que eu não quero que vá embora.