sexta-feira, 24 de abril de 2009

Youth and Childhood

O dia começou fugindo da rotina provisória da semana seguida de feriados, uns do calendário e outros inventados. Apesar da noite de insônia o sono sumiu antes mesmo do relógio reclamar. Me levantei e segui pelo automático. Banho, café da manhã.. Quando andava surda pelos fones de ouvido pela rua, o sorriso de uma criança me chamou a atenção. As crianças tem uma magia que desperta em mim os melhores sentimentos e os mais coloridos pensamentos. Ela era pequena, cabelos cacheados e loura. Era cedo, e o rosto dela ainda tava amassado do lençol. Por essas coisas que vale a pena viver, não? As coisas menores, não percebidas. Que as vezes devido a sua frequência, ou falta dela, não são devidamente valorizadas. Me fez lembrar um trecho que li de Schopenhauer, que fala sobre as crianças e no que elas se tornam.
"Poderíamos prever que, ás vezes, as crianças parecem inocentes prisioneiros, condenadas não à morte, mas à vida, sem ter consciência ainda do que significa essa sentença. Mesmo assim, todo homem deseja chegar à velhice, época em que se pode dizer: 'Hoje está ruim, e cada dia vai piorar até o pior acontecer.' "
E como saber como você vai terminar? Sempre tive a sensação, desde criança mesmo, que não iria chegar à velhice. Talvez isso seja um bloqueio, medo de perder a juventude e a liberdade. Afinal, a 3ª idade faz parte do ciclo da vida. E teoricamente, todos vamos passar por ela. Me recolho a pensar na infância como a melhor parte da vida. O que encanta, é justamente a falta de preocupação, tudo é temporário. As coisas passam rápidas demais para que você se dê o trabalho de guardar alguma delas. Uma lágrima se transforma em um sorriso em questão de segundos. E nada, nunca mais vai ser tão fácil quanto era na infância.
Ah, que época saudosa.

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