segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sobre um eterno e breve amor

Dessa vez as coisas terminaram sem ter um fim. Foi estranho pra mim, me acostumar com tudo. Confesso mais uma vez, que foste a primeira a me fazer passar por isso, como por tantas outras coisas. Foi uma conversa, uma discussão, um desabafo. Assumir a culpa do que não podia mais dar certo. Nem pra mim, nem pra você. Foi natural, me atrevo a dizer. Tantos medos eu tive, tantas vezes me mantive calada, querendo evitar todo esse desconforto do “break up”. Mas foi inevitável. Sabe? É o curso do rio, mesmo que ele não queira, sempre tem uma queda no meio do caminho.

Não teve dor. Mágoa. Tristeza. Essas coisas grosseiras que preenchem o momento do adeus, cheio de rancor no peito por perder aquilo que mesmo não querendo, a gente ainda quer que seja nosso, somehow.

Aí você bateu a porta do carro, foi embora chorando. Eu me dei conta de que aquilo era o melhor, como você sempre dizia, pra mim e pra você. E que no final tudo ia sim ficar bem. E vai. Eu liguei ontem pra você, pra dar boa noite. Foram 30 minutos de sinceridade, sentimento, confissões. Eu não queria deixar você ir. Eu amo você, e você sabe como o amor pode ser traiçoeiro. A gente esteve em tantos labirintos juntas, passou por tanta coisa nessa vida cheia de músicas que me lembram você. Falando assim, até parece que foi fácil. Vejo, como se fosse um curativo. A gente nunca quer mexer, porque dói, incomoda. E a melhor forma de se livrar dele, é arrancar bem rápido, em um segundo. Doeu? Um pouco. Mas a gente quase não sentiu a separação.

Você vê? É que de repente ficou tão claro que tinha que ser assim. Tão claro quanto era de que eu tinha que ser sua. Eu sou. Sempre vou ser. Aquela coisa toda de fechar ciclos pra abrir um novo, eu sei. Você me explicou e eu concordo. Mas eu to aqui, contigo. A vontade de ter você perto, te ver sorrindo e ser a causa e o efeito da sua felicidade relativa, das suas crises temporárias, do seu mau humor, do teu medo e tua insegurança. Eu sou tudo isso. Você também é. Lembra que eu dizia, o que me agrada em nós duas, é que a gente é. E even though Love is not enough, você sempre vai ser enough pra mim. E a gente vai continuar sendo. Eu não terminei de te querer. Te quero pra sempre. Essa jura de amor eterno você tem. Essa força que você ganhou em 8 meses de convivência diária, acordando e dormindo do teu lado. A paciência que você me deu, e a novidade que eu trouxe pra você. Disseram que a gente se encontrava em um ponto, onde eu encontrava a calma e a paz em você, e você encontrava em mim a vontade de viver, alegria. É, foi bem assim mesmo. E foi além disso. Então, meu amor, essa carta não é de despedida, nem de adeus. É um até logo breve. Te vejo em alguns minutos de novo, e a nossa rotina vai cuidar da gente. Se algum dia você perguntar se eu sinto sua falta, você vai saber a resposta. Você já sabe.

3 comentários:

  1. Eu acredito que o rio passa duas vezes no mesmolugar.



    Ps: chorei baldes


    Nena

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  2. Lindo mesmo! Mais lindo ainda ter vivido isso tudo! O que veio antes, o que foi, o que é, o que continuará sendo e o que será...

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