sábado, 12 de dezembro de 2009

Ordinário

Enfim, de volta. Demorei tanto pra aparecer aqui e derramar algumas palavras que nem sei como começar. Hoje não vou quebrar a cabeça para a filosofia nem para complexidade. Hoje, é dia do comum, do simples. O que ficar aqui, é o que é. O que vai ser. Assim mesmo. De tal forma que poderia falar de inúmeros assuntos, mas acho que no final das contas, vai ficar o escrito pelo desentendido. Ontem vi um filme, "Purple Violets", que em português foi bizarramente traduzido para "Segunda Chance para o Amor". E confesso, ele me fez pensar. (como se os outros não fizessem..) É um filme básico, sobre o reencontro do primeiro amor, das mudanças, do tempo que precisamos pra nós, pra cuidarmos de si, e depois escolher o que será com os outros. Me fez pensar nessa segunda chance, se é que ela existe. Mas ficava tão nítido que o amor não tinha acabado. Houve separação, sofrimento, mágoas. Mas o amor, ele não foi embora por nem um segundo. Depois, veio o casamento com outro homem. É, tinha paixão. E nos 7 anos seguintes, a paixão cedeu, sumiu, e os dois se perderam em traições, pessoas, trabalho, monotonia e masturbações. Que ironia.. se começa um contrato social jurando a eterna felicidade e o companheirismo. Na alegria e na tristeza. Como? Eu entendo, você acredita. Eu acredito, seria bem hipócrita inclusive se negasse. Mas, o que eu não consigo negar é a lógica do raciocínio. Um ciclo vicioso, de paixão, tesão, carinho, alegria mútua, amor, reciprocidade. E depois? Uma eternidade desses complementos é a exceção da regra, e todos sabemos disso. Além disso, o mais bonito, interessante, ou burro, é que todos acreditam que aquele, é o momento do pra sempre. Que o eterno dele, vai dar certo. Quando hoje em dia, não se engana nem os instintos. É natural. É carnal. É irracional. Vai além do entendimento. E o amor? Ah, se alguém um dia entender, escreve pra mim e explica. Porque com o pouco tempo de vida e de relacionamentos meus, eu ainda me fascino incrivelmente pelo paradoxo do sentimento e da obviedade do ciclo social vitalício, que não nos deixa na mão em dia nenhum.

2 comentários:

  1. E você sabe o quanto eu gosto de textos, filmes e essas coisas que falam toda a verdade. Droga. ;)

    ahá, viu como eu super acompanho isso aqui! :]

    ResponderExcluir
  2. Esse fascínio também me acompanha.

    ResponderExcluir