sábado, 27 de novembro de 2010

Free


Outro dia, aconteceu assim. Uma menina, de pele clara e grandes olhos verdes me perguntou o que queria dizer a tinta da minha pele. Então eu respondi a ela:
-Isso é "liberdade" em latim.
Uma tatuagem que eu tinha feito nos meus 18 anos. Ela riu baixinho, olhou pra mim atenta e disse: -De que tanto você foge? Medo eu sei que não é. Sabes exatamente o que fazer. Afinal, isso é parte de você. Não esquece do que você escreveu aí, ela é sua.
E desde então eu não parei de pensar naquela menina. No que ela havia dito. Eu buscava de novo a minha liberdade. Mas agora, aquilo tinha uma amplitude que eu não conhecia. Me assustava. Mas eu segui repetindo o que a menina falou pra mim. E todos os dias, quando acordo, o que me mantém é essa certeza. Eu sei pra onde vou, e ela vem comigo. Ela. A liberdade. Minha.

Um comentário:

  1. Já disse Sartre que "o homem está condenado à liberdade".

    Terá que se casar com ela.

    :)

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