quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Trilhos


Na volta pra casa de hoje tive que recorrer ao metrô. Até apareceu uma oferta de carona que dispensei, posso ser meio social-desapegada, mas vezenquando curto a proximidade de pessoas estranhas.
Acho que isso se deve ao meu grande poder de observação, e claro, à minha imaginação, que se mostra bastante fértil, dia sim dia não.
Aquela coisa, você desce as escadas superpopuladas, coloca o fone no ouvido - porque não existe melhor gps do que um fone ensurdecedor - compra seu bilhete e fica lá na plataforma, atrás da linha amarela enquanto ecoa um "mind the gap" ao fundo de The Kooks.
Quantidade abusada de pessoas em seus caminhares apressados, perdidos e desequilibrados. Sempre me encantou isso, a falta de direção - ou o excesso dela. Uma diversidade de pessoas, um mundo a parte de sobrevivência cotidiana que se faz ali mesmo, a olho nu.
Considero um belo estudo sociológico - para não dizer antropológico. Não te deixa fascinado? A diferença de cada um, e também a indiferença que cada um demonstra aos outros que estão a sua volta.
Monto personagens, observo seus movimentos, olhares, comportamento. O ser humano é viciante! Quero tanto eles por perto tanto quanto quero meu quarto trancado, cheio de solidão.

Um comentário:

  1. Sei exatamente o que é isso, de vez em quando me pego fazendo esse estudo também, tentando imaginar uma história para cada pessoa. Gostei do seu blog. Estou te seguindo.

    Bjs,

    Flávia

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