domingo, 20 de junho de 2010

Quem Sabe

Sobra tanta coisa. De uma tempestade duradoura que começou com um sol claro e quente. Se recusava a acreditar que tudo na vida, sem essa exceção chata do óbvio vinha a terminar um belo dia. Dava um frio na barriga irremediável, e uma inércia parada quando se deixava ser nostálgica e dominada pelas lembranças do tanto que tinha ficado pra trás. Lembrou de suas promessas. Era mentirosa? Era culpa do tempo. Culpa do mundo, do instinto burro, da cegueira animal, da carne bruta. As suposições não supriam a vontade do de novo. O amor ia embora e deixava uma cicatriz grande, à mostra, estampada. Cicatriz a qual, ela nunca teve medo de deixar aparecer. Mas o estrago que faz, a vida é curta pra ver.
Ah, que saudade tenho do meu amor.

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