quinta-feira, 19 de julho de 2012

I restore myself when I'm alone


Era como um teste à prova de bala. Você só sabe se aguenta o tranco quando precisa aguentar. Descobre que o amanhã pode ser sinônimo de renascimento ao invés de repetição, e luta. Remando contra a maré é que se adquire força para respirar. Não se afoga, calma. É necessário paciência.
- Mas eu não tenho isso, essa paciência.
O meu agora é imediatista, e quando preciso de algo não sei controlar a expectativa.
- Não preocupa, menina, a vida ensina.
A vida, sempre ela. Com tortuosos caminhos, insignificantes acontecimentos e um destino fadado ao acaso caótico. Uma simplicidade frágil que ás vezes eu não entendo.
- Pra que entender quando você pode viver?
Aquele desapego que eu tinha que aprender, além daquela paciência que eu precisava ter.
Era tanta necessidade. Tanto coração assombrado por tormenta.
- Eu te disse, aprende. A vida é agora. Todo esse teu medo do amanhã não faz bem. Você já dormiu?
Toda noite eu tinha sonhos intermináveis. Vivia cenas com você, assistia filmes, e acordava com uma carga que ás vezes era ainda maior do que a que precedeu o sono.
- Então acorda do pesadelo. Mas se você precisa dela, é assim que é.
E é mesmo.

Um comentário:

  1. "A vida é agora." Então se, agora, não dá pé, nadar pra longe, até conseguir ficar onde não seja preciso tanto esforço pra não se afogar (e, ainda, permanecer no mesmo lugar!), parece uma boa ideia?

    ResponderExcluir