Mais um ano que chega ao fim. Outro tempo que chega trazendo novas energias e vibrações com toda positividade do momento. Um fim que traz um novo começo. Me despeço do que ficou pra trás nas datas do calendário que ainda está pendurado. Penso em tudo que esse ano trouxe. Parece que a carga só vai aumentando. As datas vêm, vão e continuam acontecendo em sua seqüência que não pode ser quebrada. Então quero desejar. Quero pedir. Quero esperar.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Por Último,
Mais um ano que chega ao fim. Outro tempo que chega trazendo novas energias e vibrações com toda positividade do momento. Um fim que traz um novo começo. Me despeço do que ficou pra trás nas datas do calendário que ainda está pendurado. Penso em tudo que esse ano trouxe. Parece que a carga só vai aumentando. As datas vêm, vão e continuam acontecendo em sua seqüência que não pode ser quebrada. Então quero desejar. Quero pedir. Quero esperar.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Nada Pela Metade
Buscamos todo dia um novo motivo para acordar e abrir um sorriso. Tentamos projetar nos outros fantasias nossas, criamos expectativas de como poderia ser lindo se as reações a nossa volta decorressem com a exatidão do nosso pensamento.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
CF
"Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência."
Sobre o (des)caminho
"A vida tem caminhos estranhos, tortuosos às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e excitante. As vezes que tentei morrer foi por não poder suportar a maravilha de estar vivo e de ter escolhido ser eu mesmo e fazer aquilio que eu gosto - mesmo que muitos não compreendam ou não aceitem."
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Sobre a falta de novidade
Era uma vez um menino. Ele tinha completado 5 anos não fazia muito tempo, e começava a entender melhor o significado das coisas.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Sobre a tentativa
"Era uma menina que gostava de inventar uma explicação para cada coisa.
Explicação é uma frase que se acha mais importante do que a palavra.
As pessoas até se irritavam, irritação é um alarme de carro que dispara bem no meio de seu peito, com aquela menina explicando o tempo todo o que a população inteira já sabia. Quando ela se dava conta, todo mundo tinha ido embora. Então ela ficava lá, explicando, sozinha.
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco.
Pouco é menos da metade.
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Agonia é quando o maestro de você se perde completamente. Preocupação é uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Renúncia é um não que não queria ser ele.
Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.
Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente. Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.
Ansiedade é quando faltam cinco minutos sempre para o que quer que seja.
Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada especialmente.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.
Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.
Perdão é quando o Natal acontece em maio, por exemplo.
Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.
Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.
Desatino é um desataque de prudência.
Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Emoção é um tango que ainda não foi feito.
Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da placa "perigo" o desejo vai e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero... Também não. É um desadoro... Uma batelada? Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor ela não sabia explicar, a menina."
Adriana Falcão
Aprende
Sobre o que você não sabe. Ainda.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Receita 1
Perdi-me
Eu nem queria começar. De dentro vinham pensamentos, palavras. Uma angústia que não tinha fim. Daquelas que faz você querer sumir. Hoje, pessoa nenhuma foi suficiente pra mim. Nem eu mesma. Fazia uma semana que eu tentava recuperar a minha energia e encarar as coisas com o jeito positivo e extrovertido de sempre. Mas dessa vez era difícil. Uma frieza completa tomou conta, como em uma avalanche. Me sinto paralisada por dentro, quer dizer, não sinto. São tantas emoções ao mesmo tempo batendo de frente que no final não consigo dar um sorriso forte nem fazer escorrer uma lágrima densa. Um estado de ódio externo, que até o que não deveria, me incomoda. Talvez fosse insatisfação. Drama. Vitimização. Mas como, eu não suportava me fazer de vítima. Pedir ajuda, gritar ao mundo que me sinto um pequeno ser vulnerável até mesmo ao vento, e que só busca um colo aconchegante pra passar a noite. Um lugar seguro, quente, que me acalme e faça essa dor que me esmaga todo dia ir embora, pelo menos um pouquinho. Dar uma folga. Pro coração respirar melhor, os olhos se abrirem e aquele brilho que sempre morou lá poder voltar. E veja que ironia, até mesmo quando gritei aos ventos e pedi socorro parece que cortaram a linha ao meio e as coisas ficaram meio mal entendidas. Tenho eu plena consciência de que ninguém tem a obrigação de cuidar de mim. Mas sabe, é maior que obrigação, é expectativa. E uma vez que você foca de uma forma, e espera que aquilo aconteça como você quer, já era. A decepção? Devastadora. E aí descobre que as coisas tem que mudar nisso também. Suas perspectivas de vida profissional, amorosa, familiar. Tudo, de uma vez só. Como um rascunho que você deixou pela metade. O único jeito de consertar é amassar a folha e começar de novo. Respira. Pensa. Acende o cigarro. E o peso que eu carrego desse mundo, que eu carrego por mim, por você. Ninguém vê? As rezas de todo dia, a proteção que eu peço, os agradecimentos que eu faço, a força que eu preciso para não desabar no meio da rua. Tudo isso, não parece ter muito sentido. Paro e observo. O mundo lá fora, fora de mim é todo diferente. As pessoas tem um senso de não-vida. Eu acho. Todas elas parecem seguir um roteiro de filme, lentamente caminhando ao sol, fazendo seus exercícios, dirigindo atrasados. Mas o que sinto disso tudo, é um grande vazio. Uma ocupação de tempo e de mente, enquanto tudo acontece sem ser realmente percebido ou sequer visto. Talvez eu devesse tentar. Todo dia, quando eu levanto da minha cama, eu não peço um novo amor. Não peço pra esquecer você, nem pra fazer sol. Me quero de volta. Devolve, moço. Preciso de mim. Entendo agora que quando não me tenho, todos os outros vão embora. E não é possível ficar sozinha se nem eu estou por perto. É além de sozinha. Essa sensação funda, fria. Tenho medo e não consigo parar. Senti hoje tanta vontade de chorar. É. De manhã, de tarde e de noite. Mas não consigo. Nem mesmo agora de madrugada. Vou esperar as lágrimas. Me forçar talvez a colocar pra fora essa pressão do peito. Como eu faço? Me ensina? Nunca precisei de ajuda pra chorar. Nunca estive assim, sem mim. Sem cuidado. Eu me cuidava antes. Agora até ela foi embora. E eu, não sei mais até onde consigo ir, perdida nessa calçada olhando pro mar, achando que é mais confortável o mar escuro do que qualquer outro lugar. Ou abraço.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Partido
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Ela sou Eu.
"Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça [..] levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário…por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo."
sábado, 27 de novembro de 2010
Free
Lost at sea
domingo, 21 de novembro de 2010
Sobre a força da saudade
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Sobre o desejo da vontade
Os dias se precipitavam. O sol acordava antes que eu dormisse trazendo toda necessidade de despertar que eu desprezava toda noite. Uso a primeira pessoa aqui como desabafo egoísta por sentir uma suficiência estranha no pronome "eu" pelos últimos dias. Era curioso como isso acontecia e eu não conseguia me reconhecer na maior parte do tempo. Uma saturação familiar daqueles velhos problemas e preocupações que eu torcia pelo esquecimento mas insistiam em vingar. Quando tudo escurecia eu costumava me encontrar. Agora na noite, eu procuro esconderijo como uma criança debaixo das cobertas tentando achar um porto seguro sem retaliações. O que acontecia comigo sempre naquela roda gigante que fica chata depois de um tempo, com aquela velocidade entediante sem trazer nenhuma gota de adrenalina. Eu dormia desejando tantas coisas e acordava submersa em devaneios de noites mal dormidas e esfumaçadas. Ainda tinha você, ás vezes me esquecia. O tanto de vontade que tinha de você era o que perdia com nossos pré-confrontos já estagnados antes de um começo oficial. Recebia uns conselhos de bar, escutando a liberdade e a falta de paciência que sempre me dominou. Vim escrever aqui depois de tanta ausência. Ausência perdida em mim. Que antes era fuga, antes era achado. Agora parece que tanto faz. A garganta arranha e reclama dos cigarros que me consomem. E nada disso no fundo tem importância. Me surpreendo com tantas exclamações que dão continuidade à reticências. São frases interminadas que vão se agrupando aqui dentro. Tanta fome, tanta sede. Enfim não consumo nada. Sigo remando contra a correnteza e isso basta. Hoje o outro lado da cama tá vazio. E é engraçado pensar que não era o que eu queria. Mas que também, ele tá assim porque eu deixei estar. Aqueles paradoxos que assustam. Que revelam a nossa evolução, mudança ou simples estado momentâneo. Fico me afogando em músicas, cigarros, café, no cliché das escritas bonitas e dos sentimentos feridos que nem mesmo existem. As vezes viver e ser você pode ser cansativo.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Ao contrário
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Fields
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
She's losing it
E daí que a gente tinha se separado. Você escolheu ir pro outro lado. Enquanto eu observava você ir embora, senti desespero em pensar que o que eu perdia naquele momento era muito maior do que havia perdido antes. Não adiantava explicar porque, você não ia entender. Eu passei meses tentando convencer você disso, e ainda não tenho certeza de que consegui.
Oh, no
sábado, 2 de outubro de 2010
Sobre aceitação
Um dia te fiz prometer a eterna permanência. Tentei arrancar de você certezas que nem mesmo eu tinha. Fui cruel sem perceber e tentei aprisionar um pouco tua liberdade, que tão singular, as vezes roubava meu espaço. Quis ter sob meu controle os meus sentimentos e os seus também. Alinhavar em mim o teu pulso, a tua frequência. Como me doía as vezes que você ia embora sem declarações. Eu precisei tanto da tua palavra, da tua vontade estampada, do teu desejo. Costumo conseguir tudo e quebrar limites e padrões. Eu consegui com você, e fiz nascer um desconhecido afetado, que foi mais forte do que a gente.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Hora de Voltar
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Sobre o que queima com o tempo. Você.
Nas últimas semanas muitas coisas conseguiram me transportar. Não havia um lugar específico onde eu pudesse me encontrar. Pensamentos traziam devaneios. A vontade de exteriorizar tudo era enorme, mas os métodos para fazer isso pareciam restritos. O limite apesar de invisível era bem percebido. Faltavam objetos que fossem descritos de forma concreta. Era só o nada resultando de coisa nenhuma.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Sobre um eterno e breve amor
Dessa vez as coisas terminaram sem ter um fim. Foi estranho pra mim, me acostumar com tudo. Confesso mais uma vez, que foste a primeira a me fazer passar por isso, como por tantas outras coisas. Foi uma conversa, uma discussão, um desabafo. Assumir a culpa do que não podia mais dar certo. Nem pra mim, nem pra você. Foi natural, me atrevo a dizer. Tantos medos eu tive, tantas vezes me mantive calada, querendo evitar todo esse desconforto do “break up”. Mas foi inevitável. Sabe? É o curso do rio, mesmo que ele não queira, sempre tem uma queda no meio do caminho.
Não teve dor. Mágoa. Tristeza. Essas coisas grosseiras que preenchem o momento do adeus, cheio de rancor no peito por perder aquilo que mesmo não querendo, a gente ainda quer que seja nosso, somehow.
Aí você bateu a porta do carro, foi embora chorando. Eu me dei conta de que aquilo era o melhor, como você sempre dizia, pra mim e pra você. E que no final tudo ia sim ficar bem. E vai. Eu liguei ontem pra você, pra dar boa noite. Foram 30 minutos de sinceridade, sentimento, confissões. Eu não queria deixar você ir. Eu amo você, e você sabe como o amor pode ser traiçoeiro. A gente esteve em tantos labirintos juntas, passou por tanta coisa nessa vida cheia de músicas que me lembram você. Falando assim, até parece que foi fácil. Vejo, como se fosse um curativo. A gente nunca quer mexer, porque dói, incomoda. E a melhor forma de se livrar dele, é arrancar bem rápido, em um segundo. Doeu? Um pouco. Mas a gente quase não sentiu a separação.
Você vê? É que de repente ficou tão claro que tinha que ser assim. Tão claro quanto era de que eu tinha que ser sua. Eu sou. Sempre vou ser. Aquela coisa toda de fechar ciclos pra abrir um novo, eu sei. Você me explicou e eu concordo. Mas eu to aqui, contigo. A vontade de ter você perto, te ver sorrindo e ser a causa e o efeito da sua felicidade relativa, das suas crises temporárias, do seu mau humor, do teu medo e tua insegurança. Eu sou tudo isso. Você também é. Lembra que eu dizia, o que me agrada em nós duas, é que a gente é. E even though Love is not enough, você sempre vai ser enough pra mim. E a gente vai continuar sendo. Eu não terminei de te querer. Te quero pra sempre. Essa jura de amor eterno você tem. Essa força que você ganhou em 8 meses de convivência diária, acordando e dormindo do teu lado. A paciência que você me deu, e a novidade que eu trouxe pra você. Disseram que a gente se encontrava em um ponto, onde eu encontrava a calma e a paz em você, e você encontrava em mim a vontade de viver, alegria. É, foi bem assim mesmo. E foi além disso. Então, meu amor, essa carta não é de despedida, nem de adeus. É um até logo breve. Te vejo em alguns minutos de novo, e a nossa rotina vai cuidar da gente. Se algum dia você perguntar se eu sinto sua falta, você vai saber a resposta. Você já sabe.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Correnteza
Mas eu sei que passa, que se está sendo assim é porque deve ser assim, e virá outro ciclo, depois.
Para me dar força, escrevi no espelho do meu quarto:¨Tá certo que o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?¨È o que estou tentando vivenciar.
Certo, muitas ilusões dançaram - mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas. Também não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros insolúveis,becos-sem-saída.
Nada é muito terrível. Só viver,não é?
A barra mesmo é ter que estar vivo e ter que desdobrar, batalhar um jeito qualquer de ficar numa boa. O meu tem sido olhar pra dentro, devagar, ter muito cuidado com cada palavra, com cada movimento, com cada coisa que me ligue ao de fora. Até que os dois ritmos naturalmente se encaixem outra vez e passem a fluir.
Porque não estou fluindo."
Doce que queima
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Um querer informal
E nessa de querer o mundo, em perdições e sonhos, eu cheguei aqui. Encontrei a maior delas todas, que de forma diferente me bateu, me esfolou, e com sua delicadeza me trouxe no colo. Eu passava pela sua rua todo dia, de manhã de tarde, de noite. Fosse pra te ver, ou só pra te querer mesmo. Queria muito.
As pessoas vinham sempre na contra mão, esbarrando em mim e nos conceitos em que eu acreditava, onde tinha a boca cheia do teu nome, que esse eu não esquecia.
Era repetitivo, um labirinto. Uma auto sabotagem das boas. Eu contra eu mesmo, contra você depois. Era gente demais.
Uma vez alguém me trouxe uma rosa, e disse que ela seria pra sempre da cor dos meus lábios. Hoje, a rosa não existe mais, e o vermelho que um dia me deu vida, hoje me traz um coração ensanguentado.
Ah, coração. Não percebes que não importam as palavras, não importa o tempo nem os outros. O que importa é a vontade.
E isso pra mim, não falta.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Chaos of Trouble
sábado, 11 de setembro de 2010
Sobre Projeções e Controle
"...Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender..."
domingo, 5 de setembro de 2010
Veja só
Hoje eu acordei com você. Abri os olhos e ouvi tua voz, baixinha, me dizendo que era hora de despertar. Consequência disso, veio o sorriso, que belo dia pra se apaixonar. Me conquista todos os dias, em momentos despreparados, quando vejo teu reflexo eu desequilibro. Acontece dia e noite e as vezes eu perco a fala. Fico sem saber por em palavras o que tanto passa pela minha cabeça complexa e agora diagnosticada. O medo de ir longe demais, de errar na pontuação e fazer da declaração um motivo pra você ir embora. Isso não sinto mais, confesso. Você me deu confiança e me mostrou que por mais desajeitada que fosse, estaria comigo. Me amando menos, me amando mais. A gente vivia junto, isso que importa. Fica comigo, eu dizia pra você. Terminava o dia desejando boa noite, desejando você, com sede do beijo que me alimentava. Por muito tempo não soube explicar, meu jeito te deixou apressada e o frio me engasgou. Eu ia contra a minha vontade e você me afogava no silêncio. Sabe, eu queria te dizer que não ligo. Eu volto pra casa, te deixo oxigênio limpo. Porque isso não me tira de você. Amor é assim, vento bate e muda tudo. Mas é amor. Ainda. Hoje eu vou dormir sem você. Mas amanhã,
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Trilhos
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Faz um bom tempo que a vontade de escrever e de poetizar se resume a você
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Sem querer
E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.
domingo, 22 de agosto de 2010
Evidência
Meu bem, fica bem
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Interrogação Descartável
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Sexto Sentido
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Pensado Cansaço
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Extremo de Lucidez
domingo, 15 de agosto de 2010
Uma Constante
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Menina Bonita Bordada de Flor
domingo, 8 de agosto de 2010
Dream Summer Day
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Ponto G
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Wicked
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Vai Passar
"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como “estou contente outra vez”. Ou simplesmente “continuo”, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como “sempre” ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência. Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de “uma ausência”. E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços. Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça. Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa. Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim: - … mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca."